26 de janeiro de 2009

Reforma Ortográfica, para complicar ou para melhorar?




Já estava quase completando a maior idade a assinatura da reforma ortográfica quando ela foi aprovada pelo país de origem da língua português. A confirmação da mudança na língua pelo Parlamento lusitano faz a grande barreira cair. O empecilho estava acontecendo porque para ela ser aprovada era necessário que pelo menos três dos oito países que têm como língua oficial o português ratificassem o tal acordo.

A nova ortografia torna-se assim uma realidade, por menos que agrade. As críticas vêm de todos os lados e com razões. Que valor se dá em omitir ou não uma consoante de uma palavra que foi implantado no Brasil e tem o mesmo sentido? A ausência de unificação não muda o significado, nem sua compreensão em documentos oficiais ou livros. Diante dessa pequenez de mudança, que atinge apenas 2% da escrita, é exagero refazer inúmeros dicionários e livros didáticos que eram padrões e ter que inutilizar os que já estão impressos.

No Brasil, ainda falta o decreto oficial do presidente da República, mas o Ministério da Educação já estipulou até 2010 para que todas as obras estejam adaptadas à nova lei. Já Portugal estipulou um prazo de seis anos. A verdade é que, diferente do Brasil, Portugal não demonstrou vontade política à instituição da reforma e não está nem um pouco preocupado com isso nesse momento.
Agora o Brasil vai pedir “um quilo de linguiça sem o trema”, no açougue e não terá mais enjôo no vôo, e sim enjoo no voo. Pode até que seja uma catástrofe, mas a reforma ortográfica esta aí.

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