Alice Domingues
Pesquisa aponta que o veículo é a primeira fonte de informação na preferência dos brasileiros
O televisor está presente em 99,5% das casas dos brasileiros. Apesar do crescente aumento do uso da internet e dos celulares, que já somam 175 milhões de aparelhos, ainda é a televisão o meio de comunicação mais utilizado pela população, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
De acordo com dados do Ibope/Nielsen, quase 74 milhões de brasileiros têm acesso a banda larga. Mas, mesmo assim, a internet ainda é inacessível a muitas regiões e apenas os grandes centros utilizam mais a rede do que a televisão. Dessa forma, quando o assunto é a escolha de uma fonte de informação, a TV sai na frente. O estudo TRU 2011, produzido pela TNS Research International, em 40 países, incluindo o Brasil, revela que a televisão é a primeira fonte de informação da maioria, correspondendo a 68% da preferência nacional.
O professor doutor da Universidade de Brasília, Fábio Henrique Pereira, lista os motivos pelos quais a televisão continua sendo o veículo de comunicação mais popular. “Primeiro, pelo número de usuários que têm acesso às duas mídias. A TV está presente em quase todos os lares brasileiros, enquanto a internet – por mais que tenha aumentado o número de internautas – é acessada por “apenas” 40 milhões de pessoas, menos de 1/4 da população brasileira”.
Além disso, existe uma diferença no consumo da TV e da internet. A televisão é voltada quase que exclusivamente para a difusão de produtos de comunicação, como telejornais, por exemplo. Já a internet permite também acesso a outros serviços “não-midiáticos”. O professor diz ainda que a internet, apesar de bastante utilizada, é um veículo recente se comparada à televisão. “A verdade é que essa história de que a internet estaria se tornando o principal meio de comunicação acabou virando uma espécie de mito, fundamentado, muitas vezes, nos hábitos de consumo de um grupo muito restrito de pessoas, jovens, de classe A e B, com formação superior, sem levar em conta os hábitos da maioria da população. Mudanças nos hábitos de consumo de mídia costumam ser mais lentas do que imaginamos”.
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